BAR DO FUKUDA
Professor Geraldo Corrêa
ATMOSFERA CARREGADA
Quando Catanduva dorme, só o “Bar do Fukuda” permanece aberto, lá no fim da Rua Minas Geral, atendendo a viajantes retardatários, condutores de caminhões de carga, jogadores que saem dos clubes e também alguns boêmios. Ali, comem e bebem. Às vezes aparece um violão e cantam.
Houve tempo em que a freqüência esteve muito mais animada e, naturalmente, o vozerio, a cantoria perturbava os vizinhos. Um destes levou reclamação à Polícia. Conseqüência, o estabelecimento ficou às moscas.
O Dr. Raul Tarsitano, que de quando em vez vinha de Sales, chegando tarde da noite, entrando no bar, estranhou o silêncio, e o ambiente e perguntou ao nipônico.
- Que houve compadre?
- Bizinho, sô Pardo, foi na porícia e recramô baruiu...
- Ahn! . . . Por isso é que o ambiente está pardacento. . .
Livro “Minhas Piadas dos outros” de 07/1956 do Professor Geraldo Corrêa.