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Sociedade - 18/09/2013

RICARDO LUNARDELLI – GRANDE BENEMÉRITO DE CATANDUVA

Ricardo Lunardelli chegou a Catanduva em 1924, em 1926 já era vereador, de 1929 a 1931 foi vice-presidente da câmara municipal e de 1936 a 1937, foi seu presidente. Colaborou com o prefeito Adalberto Bueno Netto em 1928, na construção do prédio do Ginásio do Estado, atual Fafica, a partir de 1926 foi presidente por vários anos da Associação Beneficente vinculado ao Hospital Padre Albino e não regateava ajuda a nada que Padre Albino pedia. Fez doação de terra onde estão as seguintes Entidades: Colégio Nossa Senhora do Calvário,  Lar Ortega e Josué, AeroClube e Bosque Municipal; deu 10 alqueires para o “Lar Anita Costa” ,  uma fazenda de 100 alqueires para o patrimônio da Associação Beneficente; 50.000 tijolos para a Vila São Vicente de Paulo e era procurado para abrir todos os “Livros de Ouro”que circulava pela cidade. Por várias vezes foi considerado o melhor agricultor do ano do Estado de São Paulo.Foi percussor dos terraços em curva de nível, fazia adubação e mecanização agrícola. Foi dele o invento do classificador de café denominado lavador a seco Lunardelli, tinha aqui 1 milhão de pés de café e seus cafezais não careciam de divisas, eram os próprios arbustos, pelo seu trato, pela sua conformação, que indicavam até onde chegavam as lavouras do Lunardelli.

No dia 1º de janeiro de 1948, as forças vivas de Catanduva o homenagearam pelos prestantes serviços realizados em Catanduva. Eis a sua fala de agradecimento: “Nunca duvidei dos bons amigos desta terra, onde vivi mais de duas dezenas de anos (1924 a 1945), como também sempre vi e reconheci em Catanduva certas originalidades e privilégios que não vi em outras localidades. Quando aqui morei parecia estar sugestionado por um bairrismo. Entretanto, quanto mais me ausentava desta boa e hospitaleira terra, mais me convencia que não era bairrismo, mas sim a realidade desses fatos, notáveis sob o ponto de vista de assistência efetiva e ensino social cristão.  É, portanto verdade quando se diz que para vermos uma floresta devemos sair dela, como para conhecermos uma cidade devemos dela sair. Sabemos todos nós que dar donativos para obras de caridade social, é mais cômodo e se exigem menos sacrifícios, do que pedir e assumir responsabilidades da  execução das obras e, mais ainda, da manutenção da assistência social.Por outro lado, pouco adiantaria que houvesse donativos de vulto, se não existissem homens escrupulosos e dedicados em bem aplicá-los com eficiência econômica criteriosa. Catanduva, portanto, conseguiu executar todas essas obras sociais não somente por ter recebido os donativos, mas sim e, sobretudo por ter tido o privilégio de receber um verdadeiro samaritano, não aquele que viajou da estrada de Jerusalém a Jericó, mas de Portugal para Catanduva. Para apreciarmos e vermos o que foi feito em pouco mais de duas dezenas de anos em Catanduva, precisamos sair e observar outras cidades, e assim nos convencermos que em Catanduva não foi apenas organizada uma assistência social comum. Nesta terra foi executado e organizado uma  verdadeira revolução dos princípios de assistência doutrinária, de profundo ensinamento de conduta cristã e que encerra ensinamentos espirituais profundos, superiores aos bens materiais.Com esses ensinamentos exemplares, postos em prática em Catanduva, compreendemos, aprendemos, o que dignifica o trabalho, quando humanizado o capital, e que o homem usuário não pode ser feliz, por maior que seja a fortuna que consiga acumular, se ao seu lado vê a miséria do seu semelhante. Não posso, portanto, receber homenagens pelo que contribuí para essas obras e sim  em lugar de aceitar homenagens presto homenagem a esta terra pelas suas virtudes e encanto e exemplo para o Brasil”.

Ricardo Lunardelli dizia que “A terra é o verdadeiro patrimônio de um povo” e como era desenvolvimentista, pugnava pelo lema “Abrir estradas, alfabetizar e alimentar é civilizar, é progredir”,  saiu de Catanduva com 58 anos de idade em busca de novos desafios indo abrir e colonizar uma cidade chamada Brasília, depois Porecatu, no norte do Paraná, onde plantou café, depois cana e construiu uma grande Usina de Açúcar e Alcool. Faleceu em 1972 e  nossa cidade não o reverenciou como devia, pois o seu nome e seus feitos deviam ficar registrados para a posteridade.

Pesquisa de Nelson Bassanetti na Revista “O Século” e Jornal “A Cidade” – Arquivo Museu Padre Albino

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