A Viola Xadrez, fabril-artesania fundada em meados do século
passado no interior paulista, e situada atualmente em Catanduva/SP, suscita
reflexão sobre sua trajetória. Desde seus registros na literatura especializada
em música caipira, passando por estudos de sociologia e antropologia das suas
técnicas de construção de instrumentos de cordas, com destaque para a viola
caipira, reclamava, porém, debate sobre suas memórias e historicidade. Após
revisão de estado da arte, promove-se no presente estudo uma construção
dialógica entre uma dissertação de mestrado acerca daquelas técnicas e as
transcrições de excertos de três entrevistas; entrevistados cujas memórias
estão vinculadas à história da Viola Xadrez desde seus primórdios até os dias
atuais.