Curiosidades de Catanduva (Você sabia que?) 7 fotos

O trem de ferro ou fogo chegou a Catanduva (1910),  Rio Preto (1912), Mirassol (1933) e Tanabi (1941). Até 1914, os trens vinham de Araraquara até Catanduva e daqui para Rio Preto eram comboios mistos e somente às 4ªs feiras que era direto;

Em 1912, o campo de futebol era no espaço defronte a Igreja Matriz, depois onde está a Fatec (Largo das órfãs) e em 1915, na Praça da República; 

A Igreja Matriz de São Domingos, teve sua construção iniciada em 1919 num trabalho liderado por Padre Albino, que em 1925 contratou o pintor Benedito Calixto para executar os motivos que a ornamentariam. As pinturas das telas formam um conjunto de excepcional qualidade artística que, complementado pela decoração mural, rica em relevos e ornatos, dá ao templo um todo magnífico, valorizando esse patrimônio histórico. que permitiu a nossa Igreja Matriz integrar, deste 1965, o roteiro turístico do Estado de São Paulo;  

Nos anos de 1920 o comercio funcionava aos domingos até às 15 horas e no final dos anos de 1970, tínhamos escala de plantões de farmácias nos finais de semana;

Na revolta de 1924, conhecida por Tenentismo, São Paulo (capital) foi bombardeado e Catanduva recebeu inúmeros refugiados que aqui se abrigaram fugindo desse movimento que tinha o Tenente João Cabanas como um dos líderes que protestavam contra a corrupção do governo federal e queria depor o Presidente Arthur Bernardes, o que não aconteceu. Os fugitivos ficaram abrigados em barracas próximas a Estação pelo tempo que voltou a calma à cidade de São Paulo;

Em 1926 passou aqui no Cine Central (vizinho da Estação da Estrada de ferro) o filme Fantasma da Ópera em versão muda e que nessa  época existia um piano ao lado da tela e uma orquestra que fazia a trilha sonora dos filmes regida pelo pelo professor  italiano Alexandre La Terza;

Que até a abertura do Lyceu Rio Branco em 1928, Catanduva só tinha curso primário e quem queria fazer o ginásio ia estudar no Colégio São Luiz, em Jaboticabal e o prof. Geraldo Corrêa que lá também estudou citou outros alunos: Ítalo Záccaro, Mário Zancaner, Antônio Barba, entre outros; 

Em 1931 possuíamos três grupos de “Jazz Band”: Para todos, Tupynambá e Amateurs; 

Também em 1931 aqui nos visitavam o Circo Garcia e o Seyssel (família do palhaço Arrelia) e a partir de 1940 o Pavilhão Mazzaropi;

Em 03.01.1931 foi feita a 1ª ligação telefônica de Catanduva para São Paulo e o proprietário era o Sr. Salomão Izar;

Em 1931 aqui moravam várias famílias de origem israelita (Lerner, Cuperman, Raw,  Berger, Vainer, Scwartz) e   usávamos gasolina e querosene de origem Russa;

Em 1933, foi edificado o Armazém do DNC (Fundos da Vila Motta) par armazenar 500.000 sacas de café, deu trabalho para 300 pessoas por dia e foram usados 600.000 tijolos. Na época da construção no local caiu uma tromba d´água matando cinco operários;

Nos anos de 1930 aqui se comprava loteria da Alemanha, Itália, Irlanda e se apostava no jogo do bicho;

Que já nos anos de 1930 tínhamos horário de verão sendo os horários atrasados em uma hora;

Nos anos de 1930 tínhamos os seguintes jornais: A Comarca, O diário, Pierrot, Arlequim, O Comercial, Folha do Povo, O Corneta e A Cidade que funcionou até o final dos anos de 1980;

Tínhamos Lojas tipo R$ 1,99 com o nome de 1001 variedades ao preço de Mil Réis;

Em 1934 tínhamos dois jornais em castelhano (El Heraldo e Voz da Espanha);

Em 1934 aparecem no Jornal “A Cidade” propaganda do Almanaque do Pensamento, criado em 1910, também dos Chapéus Cury de Campinas e Meias Lupo de Araraquara; Em 1936, o Sr. Rômulo Lupo de Araraquara veio apadrinhar o novo núcleo do Rotary de Catanduva.

Nos anos de 1930 nas escolas se aprendiam as línguas Latim e Francês;

Em 1935 era proibido pesca de tarrafa no Rio São Domingos;

Que no ano de 1935 se apresentou no Cine República a Cia Italiana Canzoni de Napoli com as óperas La Traviata, Barbeiro de Sevilha, Rigoleto, La Bohème e Pagliacci. Em 1939, o ator Procópio Ferreira trouxe a Cia. Meu Brasil com 22 artistas, também eram constantes por aqui orquestras argentinas;

As Indústrias Reunidas Matarazzo aqui se instalou em 1936 e veio nos visitar o Conde Francisco Matarazzo com 82 anos de idade. À  noite, na Sociedade Italiana “Gabriele D’Annunzio” participou de reunião cívica onde foi saudado, discursou e  no fim aclamado pela imensa multidão que se resignava diante do homem tão altivo, que impunha o respeito pela postura e uso de poucas palavras e o  idolatrava, pois encarnava a figura do imigrante que deu certo, que pelo seu pioneirismo gerou produção, emprego e riqueza, cujo patrimônio estimado em 20 bilhões de dólares, seria ainda uma das maiores fortunas do mundo;

Em 1939, tínhamos piano de cauda no Clube Sete de Setembro e concertos com as pianistas Catanduvenses Domitila Machado de Ávila, Aparecida Ninno e Maria Aparecida Forte (Mestrinelli);

Em 1935, Catanduva tinha 11.486 habitantes (cidade) e era a 20ª cidade em população do Estado de São Paulo; em 1940, Catanduva (comarca) possuía 40.959 habitantes, Araraquara 68.496 e Rio Preto 75.046;

Que em 1940, o Café da Esquina fundado em 1938, tinha restaurante e  vendia pizza napolitana;

Em 1943, o Catanduvense Hélio Motta foi presidente do Centro Acadêmico XI de agosto e UNE e trouxe de trem cerca de 60 alunos da USP para um final de semana. Houve jogos, jantares, bailes e alguns se enamoraram e aqui voltaram depois de formados: Dr. Paulo Cretela Sobrinho e Paulo Giovannini;

Em dezembro de 1943, o Banespa local tinha números que o colocavam como a 1ª cidade do interior do Estado de São Paulo; em dezembro de 1955, nossos depósitos nos colocavam como a 7ª cidade do estado de São Paulo; em julho de 1960, éramos a 17ª cidade do Brasil em volume de cheques;

Em 1944, residiam em Catanduva 3.945 estrangeiros, 1º espanhóis, 2º italianos, com abrigo e suporte  da Sociedade Italiana, criada em 1917 e Centro Espanhol, em 1926, mantendo tradições e   integração aos novos moradores que vieram aqui em busca de trabalho na cafeicultura emergente e de nova vida no solo Brasileiro;

Em 1944, éramos eruditos e os escritores Jorge Amado, Agripino Grieco e José Lins do Rego aqui fizeram palestras;

Éramos servidos por linhas de aviação da Vasp de 1949 a 1952 e  Real de 1948 a 1959, com destino para São Paulo/Rio de Janeiro e Londrina/Curitiba.

 Pesquisa de Nelson Bassanetti em vários jornais do arquivo do Museu Padre Albino.